O presidente Donald Trump anunciou, nesta terça-feira (14/10), o início da segunda fase do acordo de paz em Gaza, mediado pelo governo dos Estados Unidos. Em publicação na rede social Truth Social, o republicano celebrou o retorno dos 20 reféns israelenses libertados pelo Hamas, mas cobrou o cumprimento total do pacto.
“Todos os 20 reféns estão de volta e se sentindo tão bem quanto se poderia esperar. Um grande fardo foi tirado, mas o trabalho não acabou. Os mortos não retornaram, como prometido! A fase dois começa agora”, escreveu Trump.
Segundo o plano de paz elaborado por Washington, após a devolução dos corpos, deve começar a segunda etapa do processo, que inclui a desmilitarização do Hamas e a criação de um governo provisório em Gaza, sem a participação do grupo. Membros do Hamas que aceitarem se render poderão receber anistia ou asilo em outros países.
O grupo palestino, no entanto, ainda não confirmou se cumprirá essa exigência. Em resposta a mediadores, o Hamas informou que deve transferir mais quatro corpos de reféns ainda nesta terça-feira (14/10), alegando dificuldades em localizar os demais em meio aos escombros deixados pelos bombardeios.
Cessar-fogo
O anúncio marca um novo capítulo no plano de paz proposto pelo governo norte-americano, que começou com o cessar-fogo firmado na última sexta-feira (10/10). O acordo, mediado por Estados Unidos, Egito, Catar e Turquia, pôs fim aos combates entre Israel e Hamas e deu início à troca de reféns por prisioneiros.
Nessa segunda-feira (13/10), o Hamas libertou 20 reféns vivos sequestrados em 7 de outubro de 2023, enquanto Israel liberou cerca de 2 mil prisioneiros palestinos. Apesar do avanço, apenas quatro dos 28 corpos de reféns mortos foram devolvidos.
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Hamas e Israel anunciaram fim do conflito na Faixa de Gaza
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Hamas liberta reféns em Gaza
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O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, acusou o Hamas de violar o acordo ao não entregar todos os corpos prometidos. “Qualquer atraso, ou omissão intencional, será considerado uma violação flagrante do acordo e será respondido adequadamente”, afirmou em comunicado divulgado na rede social X.
Enquanto isso, o Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas de Israel declarou que “não pode descansar até que todos os reféns sejam devolvidos”, em referência tanto aos sobreviventes quanto aos mortos ainda retidos em Gaza.