Quem foi Ace Frehley, guitarrista do Kiss que morreu aos 74 anos

Conhecido pelos solos de guitarra extravagentes e pela presença de palco escandalosa, Ace Frehley é mais um dos nomes do rock que já não estão mais entre nós. O guitarrista fundador da banda Kiss morreu nesta quinta-feira (16/10) aos 74 anos.

Ele estava internado desde o último mês após sofrer um acidente no estúdio que tem em casa e bater a cabeça. O artista foi diagnosticado com hemorragia cerebral e ficou em estado vegetativo após sofrer um AVC.

O guitarrista foi aceito na formação original do Kiss em 1972. O músico conquistou os demais fundadores, Gene Simmons e Paul Stanley, após espantar a concorrência interrompendo a segunda audição da qual participou com um dos seus solos de guitarra.

Nos palcos, Ace assumia a alcunha de Spaceman, um alienígena vindo do planeta fictício Jendell. Ele usava ombreiras extravagantes e duas nebulosas prateadas ao redor dos olhos – apesar dos rumores de que seria alérgico à maquiagem.

O músico era reconhecido pela técnica ousada e despojada, com inspirações fortes voltadas ao blues. Mas era pela teatralidade, e efeitos pirotécnicos, que o guitarrista realmente ficou conhecido.

Um dos seus maiores trunfos na guitarra seria na música Shock Me, do LP Love Gun de 1977. Em 2022, a faixa foi eleita como o 43º melhor solo de guitarra de todos os tempos pelos leitores da revista Guitar World .

Em 1982, Ace Frehley deixou a banda Kiss após divergências criativas com os demais integrantes. A separação teria abalado o músico, que apresentou problemas de vício em álcool e drogas, chegou a vender uma de suas preciosas guitarras para pagar dívidas e até foi preso por dirigir embriagado após ser perseguido pela polícia a bordo de seu DeLorean em 1983.

Anos depois, porém, em 1987, o guitarrista deu início à carreira solo e, anos depois, conquistou certa relevância. Antes de morrer, Ace se reuniu com os membros da banda Kiss para duas últimas apresentações especiais em 1996 e 2002.

“Estamos completamente devastados e com o coração partido. Em seus últimos momentos, tivemos a sorte de poder cercá-lo de palavras, pensamentos, orações e intenções amorosas, atenciosas e pacíficas enquanto ele deixava esta Terra”, lamentou a família do músico em comunicado.

“Guardamos com carinho todas as suas melhores lembranças, suas risadas e celebramos a força e a bondade que ele dedicou aos outros. A magnitude de sua morte é de proporções épicas e incompreensível. Ao refletir sobre todas as suas incríveis conquistas de vida, a memória de Ace continuará viva para sempre!”