Lula confirma reunião entre Brasil e EUA e brinca sobre aproximação de Trump: ‘Pintou uma indústria petroquímica’

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Encontro entre Mauro Vieira e secretário de Estado americano Marco Rubio ocorre nesta quinta (16), em meio a tensões comerciais globais e críticas dos EUA à China

Ricardo Stuckert/PR

Lula

Lula participa da cerimônia de comemoração pelo Dia dos Professores no Parque Olímpica do Rio

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou nesta quarta-feira (15) que representantes do governo brasileiro e americano se reunirão nesta quinta-feira (16) para discutir o chamado tarifaço — em vigor desde 6 de agosto — e as sanções impostas a autoridades brasileiras. O encontro será entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, em Washington.

Durante evento no Rio de Janeiro, em comemoração ao Dia do Professor, Lula comentou o diálogo recente que teve por telefone com Donald Trump, destacando o bom relacionamento com o americano. O presidente fez referência à fala de Trump na ONU, quando disse ter tido uma “química excelente” com ele. “Eu comecei a falar o que eu deveria falar. Aí, não pintou química, pintou uma indústria petroquímica”, brincou Lula. O petista contou ainda que, na ligação, propôs uma conversa “sem liturgia”. “Eu disse: ‘Eu estou fazendo 80 anos hoje, você vai fazer 80 em junho. Então, vamos nos tratar de ‘você’”, relatou.

Um dos pontos de embate entre Brasil e Estados Unidos e que pode ser discutido na reunião envolve a proposta de substituição do dólar por uma moeda comum dos países do Brics, grupo que reúne economias emergentes como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Pessoas próximas a Trump indicam que este ponto, mais do que as medidas impostas contra Jair Bolsonaro pelo STF (Supremo Tribunal Federal), alimentaram a animosidade da Casa Branca contra o Palácio do Planalto.

A reunião também ocorre em um momento de tensões comerciais globais, marcadas por novas tarifas e disputas entre Washington e Pequim. Nesta quarta (15), o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, afirmou que os EUA “não permitirão que um grupo de burocratas em Pequim controle a economia global”. Ele e o representante comercial Jamieson Greer criticaram as restrições chinesas à exportação de bens de terras raras, insumos essenciais para indústrias de alta tecnologia.

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Pouco antes da coletiva, o governo dos EUA anunciou tarifas adicionais entre 100% e 150% sobre produtos marítimos e de construção naval da China. Com a negociação marcada para esta quinta, o Brasil entra em um cenário de reaproximação diplomática com Washington, enquanto tenta equilibrar suas relações comerciais com os dois maiores parceiros econômicos globais — Estados Unidos e China.

Publicada por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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