A Polícia Civil de São Paulo prendeu três pessoas acusadas de formar um grupo para praticar crimes virtuais. Os suspeitos foram presos em uma ação que aconteceu simultaneamente nas cidades de São Paulo, Mauá, Praia Grande e Santo André. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública do estado.
A operação se chama Web Scrap e envolveu uma investigação de cerca de oito meses até que os responsáveis fossem identificados. Um homem e duas mulheres acabaram detidos, com mais mandados de prisão temporária emitidos. Entre os itens apreendidos nas buscas estão equipamentos eletrônicos, cartões bancários e um veículo. Além disso, cinco páginas relacionadas aos golpistas foram tiradas do ar.
Ao todo, estima-se que os lucros obtidos com esse golpe virtual girem em torno de R$ 6 milhões. O trio será indiciado pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Golpe envolvia sites falsos e posts nas redes
De acordo com as autoridades, o trio era o responsável por ataques clássicos de phishing. Eles criavam e mantinham no ar sites que simulavam lojas online de verdade, inclusive com domínios parecidos e uma interface que lembrava páginas legítimas.
As vítimas eram atraídas por ofertas de produtos a preços extremamente atrativos, inclusive com postagens impulsionadas no formato de anúncios em redes sociais. O consumidor era orientado a fazer o pagamento sempre via Pix, boleto ou transferência bancária, o que reduziria as chances de rastreamento por parte das autoridades.

No fim das contas, o cliente nunca chegava a receber o produto — mesmo recebendo um falso código de rastreamento e a confirmação do envio. Ao tentar entrar em contato com os golpistas, nenhum consumidor conseguia respostas sobre o item, ficando sem ele e o dinheiro.