Um táxi autônomo da Waymo, uma subsidiária da Alphabet, grupo responsável pelo Google, foi parado pela polícia em San Bruno, nos Estados Unidos, após fazer um retorno proibido diante de agentes.
Os agentes, que participavam de uma operação voltada a motoristas sob efeito de álcool ou drogas, seguiram o veículo e conseguiram fazê-lo parar para a abordagem. Com o talão em mãos para aplicar a multa, o policial responsável se deparou com um dilema: não havia motorista.
Diante disso, a multa não foi aplicada, mas a polícia entrou em contato com a Waymo. A empresa informou, em nota, que está avaliando a situação para evitar que seus veículos desrespeitem as leis de trânsito.
Como o táxi autônomo da Waymo funciona?
Segundo a Waymo, todos os carros do serviço de táxi autônomo contam com diversos sensores distribuídos pelo veículo, permitindo que o sistema compreenda o ambiente ao redor.
g1 testa o Waymo, o carro autônomo do Google, nos Estados Unidos
- Lidar: quatro emissores de laser invisíveis ao olho humano, capazes de detectar obstáculos em profundidade em um raio de até 300 metros.
- Câmeras: dez câmeras posicionadas em diferentes ângulos, que ajudam a distinguir se os objetos ao redor são carros, bicicletas, motos, caminhões, pedestres, animais ou outros elementos. O alcance chega a 500 metros.
- Radar: seis sensores que complementam o trabalho das câmeras e do Lidar, calculando direção e velocidade dos objetos detectados.
A empresa afirma que o sistema foi treinado para reconhecer policiais e viaturas, como ocorreu no caso de San Bruno.
A maior parte da frota da Waymo é composta por Jaguar I-PACE. O modelo é totalmente elétrico, com 400 cv de potência e 70,9 kgfm de torque. A aceleração de 0 a 100 km/h ocorre em 4,8 segundos — 0,1 segundo mais rápido que um Porsche 718 Cayman.
O conjunto é alimentado por uma bateria de 90 kWh, que garante até 298 km de autonomia com uma única carga. No Brasil, o Jaguar I-PACE é vendido por R$ 599.900.