Cristiano Alves da Silva, conhecido como Cris Brown, é apontado como dono da casa usada pela quadrilha em Mongaguá; crime ocorreu em Praia Grande, também no litoral de São Paulo
Werther Santana/Estadão Conteúdo

Velório do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes na Alesp
A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta sexta-feira (17) o sétimo suspeito de envolvimento na execução do ex-delegado-geral da corporação, Ruy Ferraz Fontes, morto em 15 de setembro durante uma emboscada em Praia Grande, no litoral paulista. O detido foi identificado como Cristiano Alves da Silva, de 36 anos, conhecido como Cris Brown. Segundo as investigações, ele é dono de uma casa em Mongaguá, cidade vizinha a Praia Grande, que teria sido usada pela quadrilha como ponto de apoio antes e depois do crime.
A residência passou por perícia, e nela foram encontradas digitais de Umberto Gomes, apontado como um dos atiradores e morto em confronto com a polícia no Paraná em 30 de setembro. Cristiano foi localizado no bairro Jardim Gaivotas, na zona sul da capital paulista, e conduzido à sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). De acordo com a Polícia Civil, ele já tinha antecedentes por envolvimento com organização criminosa, receptação, roubo e crime ambiental.
Na última quarta-feira (15), outro suspeito havia sido preso: Danilo Pereira Pena, de 36 anos, conhecido como Matemático. Ele é apontado como o responsável por ordenar que Luiz Henrique Santos Batista, o Fofão, levasse Rafael Marcell Dias Simões, o Jaguar, de São Vicente a São Paulo — ambos já presos temporariamente.
Com a nova prisão, sete pessoas foram detidas por suspeita de participação no assassinato. Outros dois suspeitos seguem foragidos — Flávio Henrique Ferreira de Souza e Luiz Antonio Rodrigues de Miranda —, enquanto Umberto Gomes morreu em confronto com a polícia.
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O crime
Ruy Ferraz Fontes foi morto a tiros de fuzil após deixar o expediente como secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande, cargo que ocupava desde a aposentadoria da Polícia Civil em 2023. Ele foi perseguido por criminosos armados e atingido por pelo menos 12 disparos após colidir o carro que dirigia com um ônibus.
A investigação aponta que o crime foi planejado por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), em represália à atuação de Ferraz no combate à facção durante os mais de 40 anos de carreira policial. Outra linha de apuração considera a possibilidade de o atentado ter relação com sua atuação na prefeitura.
O sistema de monitoramento da cidade identificou que o ex-delegado vinha sendo seguido há mais de um mês antes da execução. Pelo menos três veículos foram usados na ação, incluindo uma caminhonete posteriormente incendiada. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o DHPP mantém as investigações em andamento para identificar todos os envolvidos no crime.
Publicado por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA