O papa Leão XIV recebeu, na manhã desta segunda-feira (27/10), o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, no Vaticano. Após audiência privada, o líder húngaro participou de uma reunião na Secretaria de Estado com o cardeal Pietro Parolin e o secretário para as Relações com os Estados e Organizações Internacionais, dom Paul Richard Gallagher.
De acordo com comunicado oficial divulgado pela Santa Sé, o encontro, descrito como cordial e produtivo, destacou as relações bilaterais entre Vaticano e Budapeste. A delegação discutiu o papel da Igreja Católica na Hungria, com foco no fortalecimento das famílias, na formação de jovens e na proteção das comunidades cristãs mais vulneráveis.
Além dos temas internos, a reunião deu amplo espaço às questões europeias, especialmente ao conflito na Ucrânia, e à escalada de violência no Oriente Médio.
O Vaticano tem defendido a via diplomática como saída para ambas as crises, enquanto Orbán vem tentando se posicionar como mediador no conflito do Leste Europeu – embora a postura seja vista em Bruxelas como favorável à Rússia.
Nas últimas semanas, o premiê húngaro tem buscado reafirmar a influência diplomática. O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, chegou a se reunir com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, para preparar uma cúpula entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin.
No entanto, o republicano acabou cancelando o encontro, alegando falta de avanços concretos.

A visita de Orbán ao Vaticano ocorre em meio a críticas a sua posição sobre a guerra na Ucrânia. O premiê voltou a rejeitar a possível adesão de Kiev à União Europeia, afirmando que o ingresso “arrastaria o bloco para uma guerra direta com a Rússia”.
À época, o premiê também reiterou que a Hungria continuará comprando petróleo e gás de Moscou, apesar dos apelos de Washington e de outros países europeus para reduzir a dependência energética russa.
Orbán deve ainda se encontrar nesta semana com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni. Ambos mantêm relações próximas com Trump, mas divergem quanto ao papel da Europa no conflito ucraniano.
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