A Moody’s, agência global de classificação de risco, elevou o rating do Brasil de Ba2 para Ba1, mantendo a perspectiva positiva para o país. Segundo a agência, a mudança se deve ao crescimento mais robusto do país ao longo do ano e acontece uma semana após a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, as agências, durante sua estadia em Nova York.
A agência disse ainda que a credibilidade do arcabouço fiscal é moderada, o que reflete em custo da dívida, e acredita que a dívida deve se estabilizar no médio prazo em nível relativamente alto.
A mesma agência já havia alterado de "estável" para "positiva" a perspectiva de nota de crédito do Brasil.
As notas traduzem a capacidade de uma instituição ou país pagarem suas dívidas. Podem ir de AAA (o famoso triple A), para os melhores pagadores, a D, para quem está em situação de inadimplência.
O Brasil ganhou o grau de investimento pela primeira vez em sua história em 2008, conferido pela S&P. A decisão foi seguida pelas outras duas grandes agências: Fitch, no mês seguinte, e Moody’s, em setembro de 2009.
A S&P retirou o grau de investimento do Brasil em 2015 em meio a um contexto de grave deterioração fiscal. A Fitch também cortou o grau de investimento no mesmo ano e fez novo rebaixamento em 2018. A Moody's removeu o selo de bom pagador do Brasil em 2016.