Um psicólogo foi preso nessa terça-feira (14/10) sob suspeita de abusar sexualmente de pacientes adolescentes, incluindo vítimas com deficiência, em Muriaé, na zona da Mata Mineira.
Conforme as investigações, o suspeito, identificado como Luidis Francisco de Souza, cometia os abusos “valendo-se de sua atividade profissional”. De acordo com o órgão, alguns adolescentes portadores de necessidades especiais também eram violentados por Souza, que não teve a idade divulgada.
A prisão do profissional da saúde ocorreu durante a operação “Anjos da Guarda”, deflagrada pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) e Polícia Militar (PM).
Durante a operação, foram apreendidos diversos materiais e dispositivos eletrônicos, que também podem esclarecer uma possível participação de terceiros no caso. Até agora, não foram divulgados o número de vítimas nem os locais onde os crimes ocorreram.
Segundo o promotor de Justiça, Breno Costa da Silva Coelho, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), os materiais apreendidos serão analisados para esclarecer, inclusive, se houve participação de terceiros no crime.
Além do mandado de prisão preventiva contra o psicólogo, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e um de suspensão de atividade de natureza econômica ou financeira, por suspeita de uso para a prática de crimes graves.
Procurada pelo Metrópoles, o advogado Fillipe Inácio Magalhães Silva Paula, que faz a defesa do psicólogo, informou que não fornecerá mais esclarecimentos a pedido da família do suspeito.
Conselho de Psicologia se manifestou sobre prisão
Por meio de nota (leia a íntegra abaixo), o Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais (CRP-MG) afirmou que tomou ciência do caso por meio de uma reportagem em canais de comunicação e que não havia denúncia registrada contra Luidis.
“O caso será imediatamente encaminhado para apuração, conforme os procedimentos e recursos disponíveis no Sistema Conselhos de Psicologia”, explicou.Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp-MG), o profissional da saúde deu entrada no Presídio de Muriaé, onde permanece à disposição da Justiça. O caso segue sendo investigado.
Nota do CRP-MG na íntegra:
“O Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais (CRP-MG) tomou conhecimento, por meio de reportagem veiculada em canais de comunicação. Informamos que, até o momento da divulgação da referida reportagem, não havia qualquer denúncia formal registrada nos sistemas internos do CRP-MG contra o profissional.
O caso será imediatamente encaminhado para apuração, conforme os procedimentos e recursos disponíveis no Sistema Conselhos de Psicologia. Ressaltamos o compromisso do CRP-MG com a defesa da sociedade, em especial de crianças e adolescentes, que são sujeitos de direitos e devem ter sua integridade física e psicológica resguardada. Esse compromisso é pilar fundamental da atuação profissional em Psicologia.
O CRP-MG mantém um canal permanente, sigiloso e acessível para o recebimento de denúncias. Qualquer cidadão pode formalizar uma denúncia por meio do formulário disponível em nosso site.”