
Nos últimos anos, a China descobriu grandes depósitos de ouro espalhados pelo país (Foto: Zlaťáky.cz | Unsplash)
Autoridades da província de Gansu, no noroeste da China, anunciaram a descoberta de um novo grande depósito de ouro na área de Qianhongquan-Heishanbeitan, no município de Yumen, com reservas estimadas em mais de 40 toneladas, informou a televisão estatal CCTV nesta quinta-feira (16).
A descoberta, de acordo com o Departamento de Recursos Naturais da província, equivale em volume a duas grandes minas de ouro e se soma aos depósitos já conhecidos no cinturão metalogênico de Beishan, um dos principais locais auríferos da região.
Gansu ocupa o segundo lugar na China em termos de reservas de ouro. Nos últimos anos, o governo provincial intensificou a prospecção como parte do plano nacional de exploração geológica, com maiores investimentos no norte da província.
O projeto de exploração de Qianhongquan recebeu um investimento acumulado de 76,28 milhões de yuans (US$ 10,5 milhões, € 9,6 milhões) e concluiu 30.000 metros cúbicos de trabalho de escavação e mais de 35.000 metros de perfuração, de acordo com a rede.
O resultado foi a identificação de um novo cinturão mineralizado com aproximadamente 14 quilômetros de extensão e entre 10 e 100 metros de largura, com reservas estimadas em mais de 40 toneladas de ouro.
A descoberta em Gansu ocorre em meio a uma forte revalorização do ouro, cujo preço ultrapassou recentemente US$ 4 mil a onça, seu recorde histórico.
O metal precioso acumulou uma alta de mais de 50% neste ano, impulsionado pela desvalorização do dólar, tensões geopolíticas e compras por bancos centrais, especialmente os de economias emergentes, que buscam diversificar suas reservas.
Nos últimos anos, o crescimento da classe média chinesa e o desejo de muitos de seus cidadãos de comprar barras de ouro como forma de proteger o valor de seu dinheiro da volatilidade macroeconômica global impulsionaram uma forte demanda pelo metal precioso na China.