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Em um novo capítulo para blindar um de seus integrantes, a Câmara dos Deputados decidiu poupar o deputado Gustavo Gayer e aprovou a suspensão de uma ação penal que tramitava no STF contra o bolsonarista. Foram 268 votos favoráveis e 167 contrários.
A decisão da maioria do plenário não arquiva o processo, mas o mantém na geladeira até o fim do mandato do parlamentar do PL.
Gayer é alvo de processo pelos crimes de calúnia, injúria e difamação contra o senador Vanderlan Cardoso.
Em 2023, o deputado do PL publicou vídeo nas redes sociais, chamou o parlamentar do PSD de “vagabundo” e disse que ele virou as costas para o povo em troca de comissão ao insinuar que Cardoso e Jorge Kajuru apoiaram a reeleição do então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em troca de espaços na Casa.
Em maio, os deputados já haviam suspendido parte da ação penal contra Alexandre Ramagem, que foi condenado pela Corte por participar da tentativa de golpe em 2022.
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A sessão foi marcada por críticas de parlamentares da base aliada do governo antes mesmo de o plenário sustar a ação penal contra Gayer.
“Eu fiquei com vergonha de ler o que ele gravou e publicou nas redes sociais. Eu fiquei constrangido. Então, há um baixo nível, sim. Se a gente quer resgatar a credibilidade desta Casa, tem que parar com o baixio nível, com as lacrações, com os xingamentos e focar naquilo que interessa ao povo brasileiro. Há baixo nível, sim, da extrema direita”, disse Helder Salomão, reforçando posição dada mais cedo por Luiz Inácio Lula da Silva.
Em evento no Rio, o presidente disse que o Congresso Nacional nunca teve tanto “baixo nível” como tem no atual momento. O presidente da Câmara, Hugo Motta, o acompanhou nessa agenda.
Dio lado da oposição, Cabo Gilberto Silva defendeu a aprovação da suspensão pelo plenário. “Esse é um caso para o Conselho de Ética, não para o STF. vamos ter vergonha na cara e votar sim! O PL é sim”.