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O presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso, senador Efraim Filho (União Brasil-PB), adiou por ao menos um dia a votação do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026, originalmente prevista para esta terça-feira.
Efraim afirmou ter atendido a um pedido do presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que lhe informou que trataria do Orçamento em reunião com o ministro Fernando Haddad (Fazenda) nesta terça à tarde.
“A preocupação é se, com a queda da MP (do IOF), a LDO poderia ser canal para que o governo encaminhasse algum termo de ajuste pensando especificamente em atingir o centro ou não da meta (fiscal), em bloqueios e contingenciamentos”, disse o presidente da CMO.
Dirigindo-se diretamente a Haddad em audiência da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Efraim afirmou que é uma “decisão equivocada” do Executivo querer postergar a votação da LDO até haver solução para o reajuste de receitas e despesas pós-queda da MP.
“O governo decidiu que quer gastar e, a partir do momento em que ele decidiu que quer gastar, ele quer encontrar a receita que seja compatível com isso. E não é essa a conta que vai fechar”, disse o senador, defendendo “qualificar gasto público” e “reduzir custos”.
Em sua fala, o presidente da CMO argumentou que cabe ao Congresso dizer qual corte de despesa será necessário para compensar uma frustração de receita, como a gerada pela queda da MP. “A gente está sendo impedido de fazer isso porque está se postergando enquanto se conversa”, acrescentou, referindo-se à reunião entre Haddad e Alcolumbre.