Alexandre Silveira destaca potencial de parceria com EUA em minerais críticos

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Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quarta-feira (15) que há “uma grande oportunidade para o Brasil” na negociação com os Estados Unidos envolvendo minerais críticos e estratégicos. A declaração foi feita após a instalação do Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM), em Brasília, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo o ministro, o país possui abundância de recursos como nióbio, cobre, urânio e terras raras — insumos essenciais para setores de alta tecnologia e para a transição energética. “Isso abre uma janela de oportunidade muito grande para que possamos construir uma sinergia com os Estados Unidos nessa área”, afirmou.

Silveira adiantou que se reunirá com o secretário de Energia dos Estados Unidos, Chris Wright, nos dias 30 e 31 de outubro, durante o encontro de ministros do G7, no Canadá. Ele destacou que será uma “primeira conversa”, voltada a identificar pontos de convergência entre os interesses dos dois países. “Queremos sair de lá com uma visão clara e buscar uma convergência naquilo que for o interesse de ambos”, disse.

Questionado sobre se o tema foi discutido durante o encontro do CNPM, Silveira evitou detalhar, mas afirmou que o presidente Lula orientou o governo a “seguir no diálogo com todos os países”. Durante o evento, o ministro também destacou que o governo busca alinhar sua proposta à Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos, em debate na Câmara dos Deputados e relatada pelo deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP).

Silveira reforçou ainda a importância de manter a responsabilidade fiscal em eventuais incentivos tributários ao setor. “Podemos aproveitar o que já está sendo debatido na Câmara. Caso não seja possível, o governo usará os instrumentos democráticos que o presidente da República possui”, declarou. Na primeira reunião do CNPM, foram aprovadas resoluções para criar grupos de trabalho sobre temas como taxas de fiscalização, encargos setoriais, financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais.

*Com informações do Estadão Conteúdo